sexta-feira, 15 de julho de 2016

NOVOS BERNARDOS, NOVOS JUIZES

NOVOS BERNARDOS  E NOVOS JUÍZES
       Dois novos Bernardos ou Samueis, ou Joannas, porque a alma não tem gênero, são vistos em sofrimento agudo no registro audiovisual que circula na mídia O link é:  https://m.youtube.com/watch?v=lzQp_uDtOl8 . (Atenção com o “under line” depois do “Qp”.)
       É visível o constrangimento dos Oficiais de Justiça. Os Policiais ficam fora da cena. E o pai, bonzinho que ganhou a guarda e a condenação da mãe por alienação parental, aparece no seu genuíno papel: frio e dominador ao pegar os filhos como bezerros que vão ser marcados. Mas fala auto o suficiente para registrar que a recusa dos filhos a ele tinha sido uma “instrução” da mãe. A cena deve engrossar sua falsa alegação de alienação parental nos autos.
       Mas deve ser editado. Claro que ele tirará o que é gritado pelos filhos, o motivo que eles estão, desesperadamente, se recusando a ir para a casa do pai. Os prantos de angústia, medo, desespero, desamparo, pedidos de socorro, são acompanhados de frases dirigidas ao pai: “maldito”, “mentiroso”, “falso”, “você enfia o dedo no meu c...”, “você bota a gente prá chupar seu peru”.
       O Juiz tirou a guarda da mãe e entregou a este pai que, segundo seus 2 filhos pratica estas atividades sexuais com eles. A justiça já havia desconsiderado uma juntada de um vizinho da mãe dos meninos, que vem a ser um desembargador, sobre um episódio que tinha presenciado e entendeu como grave.
       Talvez a mídia possa proteger estes 2 garotos da morte, como Bernardo e Joanna. Esta exemplo emblemático, guarda única para o pai, afastamento total da mãe por 90 dias, ele assassinada pelo pai dentro dos 30 primeiros dias.
       As falsas acusações de Alienação Parental estão sendo aceitas sem provas, ou com provas de manobras de autoalienação, ou alienação autoinfligida, (Maria Berenice, e Rolf Madaleno, especialistas em Alienação Parental que já escreveram sobre a autoalienação), estratégia simples fácil para pais que são abusadores. O mito, sem cientificidade, do conceito criado por Richard Gardner, pedófilo, que dizia ser natural as atividades sexuais entre adulto e criança e que isto estimularia a criança para a reprodução e a preservação da espécie, e ainda, que o incesto não era um problema, só passava a ser quando era pensado como problema, entrou como a solução dos pedófilos. Gardner tinha ligações com o Instituto Kinsey onde se faziam experiências com bebês, ao vivo, para provar que bebês sentem orgasmo. Gardner se suicidou a facadas quando foi determinada uma investigação dele por queixas abusos sexuais. E acrescente-se, além da falsa acusação de Alienação Parental, Gardner instruía a “terapia da ameaça”, hoje amplamente executada nos Processos de Varas de Família. É a ameaça à mãe, primeiro da perda da guarda, segundo da multa que irá pagar, terceiro do afastamento total do convívio, dividido em 2 partes, a primeira com visitação monitorada, a segunda, como a mãe de Joanna que não passou pelas etapas, o afastamento total, até de telefone. Assim, processa-se o engessamento da mãe, mergulhada no medo da Justiça, isto é grave, que busca a proteção de um filho. Ter medo da justiça quando há uma criança que ficou fora do tema desde o começo é muito grave. O que resta a estas mães é o silêncio.
       Como se ainda fosse pouco o calvário que mães e crianças tem sofrido, a terapia da ameaça tem agora mais um castigo e um motivo para desistir o quanto antes de uma denúncia que o disque 100 propaga,dizendo até da conivência e violência de quem saiba e não denuncia. O Projeto de Lei 4488/2016 está para ser votado e promulgado. Ele prevê pena de detenção de 03 meses a 03 anos para quem denunciar abuso sexual e não provar. Está completa guilhotina do abuso sexual intrafamiliar. A voz da criança foi desqualificada, ela é ouvida em acareação com aquele que ela está acusando de lhe praticar o abuso. É inacreditável que seja este o método das avaliações psicológicas quando se tem um método, baseado em estudos científicos e pesquisas, A Escuta Protegida., Mas, este método e o essencial PROTOCOLO  e Registro Audiovisual, que são partes componentes da Escuta Protegida, são  rechaçados pelas psicólogas forenses. A Acareação, segundo elas, permite “VER” a ligação da criança com o pai.
        Então, um crime às escuras, um estupro de vulnerável, com toda a sua gravidade e dificuldade de obter provas materiais, o abusador não deixa rastros, não pratica penetração peniana, este crime fica por conta de uma psicóloga despreparada. Lanço aqui mais uma vez, o apelo para que suspeita de crime de estupro de vulnerável, seja investigado pela Polícias Federal pela gravidade de seu percurso jurídico, hoje dominado pelas falsas acusações de alienação parental, e pelas sequela permanentes do abuso sexual. A Polícia Federal, que já tem um departamento para investigação de Pornografia Infantil, crime mais amplamente cometido do que qualquer imaginação possa pensar, poderia investigar o Estupro de Vulnerável, e assim também, as mães realmente alienadoras seriam justamente, descobertas.    
       Faz-se necessário deixar claro que o mito de que a mãe faz lavagem cerebral, etapa de convencimento dos Operadores de Justiça proposta no esquema do Gardner para livrar pais abusadores, seria bom que fosse possível executar. Não teríamos aquelas crianças desobedientes, tantas vezes inconvenientes na escola, nas festinhas, enfim era só fazer uma lavagem cerebral e não precisava nem da ritalina. Mães não são da SS. Ninguém consegue fazer lavagem cerebral numa criança que tem a experiência do convívio com um pai bom, que exerce bem sua função de pai. Não falo de papel, de título, de uso oportunista. Se uma mãe ou um pai, os homens separados também ficam magoados e invejosos da ex-mulher, denigre o outro genitor por raiva, ou por qualquer outro motivo, e a criança tem uma boa experiência afetiva, o que não quer dizer horas junto por obrigação, a criança pode repetir a metade da instrução mas o resto será a verdade da experiência. Criança não tem capacidade de mentir como agora estão falando, criança não fantasia com conteúdos sexuais que ainda lhe são desconhecidos, porque ela só acumula conhecimento experimentado. Nada abstrato fica.  
       Crianças não são uma bolinha de massa de modelar. Ninguém modela uma criança. Os estudos ultrassonográficos em grávidas, de gestação gemelar mostram já, um perfil de alguns traços de cada gêmeo, que se confirma quando aqueles bebês são acompanhados até os 2 anos. Por que difundir este absurdo como se fosse resultado de algum estudo?
       Criança tem querer. É lamentável assistir o vídeo feito por mais um menino de 11 anos, como o Bernardo e como o filho que divulgou nas redes o estado do rosto da mãe espancada pelo pai, o vídeo em que uma Desembargadora, trancada com ele, diz “criança não tem querer, você vai sim, vou dar uma multa bem grande se você não for, porque quando dói no bolso, resolve”. Criança não tem querer, ameaça, abuso de poder, isto é o exercício do ECA?

       Criança é Sujeito de Direito. Ainda.

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