sexta-feira, 24 de novembro de 2017

MÃES E CRIANÇAS EM PORTUGAL

A verdadeira lista de mães de Portugal é 3 x maior que esta. A sub-notificação. A Lista de meninos e meninas, "Josés" e "Marias", que, se colocados os nomes um ao lado do outro, cobriria o Oceano Atlântico para se juntar aos brasileiros, chegando à Cordilheira dos Andes, Chile. Por que? Para que cresce esta forma de VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER? Já assistimos e até participamos de revoluções. Mas, parece, que este tempo acabou. A única que está em curso, com nosso aval, é a REVOLUÇÃO DA LEGALIZAÇÃO DA PEDOFILIA. E mães atrapalham. Por isto, devem ser eliminadas.

Transcrição de texto de Maria de Portugal.
Maria de Portugal
23 h
Porque o fatídico e debatido Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, não é ÚNICO, e porque necessitamos urgentemente de acordar a sociedade portuguesa para em conjunto salvaguardamos os direitos humanos fundamentais consagrados internacionalmente, e ratificados por Portugal, nós, mulheres/mães vos comunicamos: EXISTIMOS.
Não podemos continuar a permitir o massacre institucional que tem nos deixado com vidas suspensas. Os nossos filhos e filhas necessitam de crescer connosco, com todo amor, paz, e saúde, a fim de que sejam seres humanos dotados de valores éticos.
Não queremos que nossos filhos e filhas tornem-se doentes mentais em centros de acolhimentos. Devido a retiradas de crianças e adolescentes, nos seios de suas famílias, de maneiras criminosas, cujos "riscos" e "perigos" nunca chegam a ser comprovados.
Não queremos que nossos filhos e filhas cresçam com seus pais agressores e/ou abusadores sexuais, a fim de que se tornem novos agressores e/ou abusadores sexuais.
Torna-se necessário uma reflexão social profunda em Portugal, sobre a descupabilizacao institucional da violência contra a mulher, cuja punição maior, tem sido a retirada de seus filhos e filhas.
Como salvaguardar o "superior interesse da criança", se crianças estão sendo totalmente desrespeitadas pelos tribunais e equipas de Técnicos (as) Especializados (as)?
Como podemos trabalhar em prol da igualdade de género, se estamos a permitir com que mulheres sejam humilhadas nos tribunais, se estamos a permitir com que mulheres sejam perseguidas por técnicos (as) especializados (as)? Com que mulheres estejam a ser lesadas por instituições de acolhimento de crianças que visam apenas o lucro, em detrimento do bem-estar de cada criança institucionalizada?
Como podemos permitir com que mulheres e crianças se tornem reféns de homens agressores e de instituições do Estado?
Não queremos corroborar para a continuação desta cultura machista, colonizadora, e racista, no século XXI.
Nossas antepassadas muito lutaram para que hoje nós possamos estar aqui a fazer-nos ouvir.
Em HONRA das nossas mães, em HONRA dos nossos filhos e filhas, em HONRA das nossas existências, bradamos aos quatro cantos do mundo: SOCORRO.
E sim, somos nós em diálogo convosco - Estado Português, que mudaremos o atual estado de coisas. PORTUGAL não pode permitir com que mulheres/mães e crianças continuem a sofrer sem que haja políticas públicas para a erradicação desta cultura da violência machista, racista, colonialista.
O Exmo. Presidente da República, Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, professor de Direito durante muitos anos, no âmbito do VII Congresso dos Juizes Portugueses, em 2006, através da sua Oração da Sapiência, já em conclusão afirma-nos que:
"As Democracias, os Estados de Direito e a Justiça não se constroem só com a salutar angústia, o acerado espírito crítico, a denúncia livre e plural do que está mal. Constroem-se com Fé e determinação em mudar o que falhou, melhorar o que fracassou, realizar o que importa fazer". (Boletim Informação & Debate, 2006, p. 33).
Necessitamos urgentemente de realizar o que importa fazer, no âmbito da Justiça, tendo em consideração tudo o que está a decorrer de forma contrária aos valores de um Estado de Direito Democrático, como Portugal.
Portanto, não nos serve o modelo de "intervenção social" e de "justiça" que o Estado desfere contra nós. Porque nós, somos mulheres/mães e devemos ser honradas, e amadas. Queremos amar os nossos filhos e acompanhar positivamente o crescimento deles.
São necessárias políticas públicas para ajudar na autonomização de mulheres/mães que estejam com problemas financeiros. A fim de que possam bem cuidar de suas famílias.
São necessárias formações direcionadas aos magistrados e magistradas, aos técnicos e técnicas especializadas. São necessárias avaliações profissionais que verifiquem se tais profissionais agem eticamente.
Nenhuma criança, segundo a lei da LCPCJ, deveria ser retirada a sua família, indevidamente. No entanto, tem de facto ocorrido muitos casos. Tais profissionais que integram as equipas das CPCJ'S restritas e alargadas, deveriam ser avaliados, por órgãos exteriores. Para que situações contrárias a justiça não decorram.
Cidadão só o é plenamente se voluntarista e determinado.
Jurista só o é plenamente se crente na sua causa e por ela lutador.
Professor só o pode ser se der Esperança, se for portador de Futuro.
Por isso eu acredito numa justiça justa em Portugal no século XXI.
Tenho dito." (Professor Marcelo Rebelo de Sousa, Boletim Informação & Debate, 2006, p. 33).
Tendo em consideração que somos herdeiros do pos-Abril de 1974, sim, a Justiça, poderia ser justa no nosso século, como bem nos diz, o nosso atual Presidente da República Portuguesa, Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, mas como não o é , estamos aqui para em pedidos de SOCORRO, reconhecermos as nossas problemáticas, em sociedade, para juntos podermos libertar,
MÃES E CRIANÇAS EM PORTUGAL

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Desenvolvimento Cognitivo da Criança e do Adolescente

 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
       Faz-se necessário pensar no desenvolvimento cognitivo humano porquanto alvo de tantos equívocos. A inteligência é um conceito muito complexo que tem de um lado os estudiosos que a entendem como tendo um caráter genérico (fator g de Spearman), e de outro, os estudiosos que lhe atribuem um caráter pessoal em sua definição. (Thurstone).
       A criança nasce com seu desenvolvimento muito incompleto. Um mamífero superior é capaz de se por de pé e começar a andar e procurar seu alimento, o leite materno, em 20 minutos. Nós humanos necessitamos dos cuidados especiais, os cuidados maternos nos primeiros anos de vida, A mãe é a figura de referência para a criança até os 7/8 anos, mais ou menos, porque a ligação mãe-bebê é visceral. Concebido em seu útero, sua primeira morada por 09 meses, alimentado em seu seio para lhe garantir sustento de nutriente e afeto, o bebê é capaz de reconhecer a voz da mãe nas primeiras semanas e de se acalmar ao ser colocado contra seu corpo sentindo e reconhecendo, organicamente, a pulsação de seu batimento cardíaco. Esta condição biológica favorece a intimidade entre mãe e filho. Por isto, é a mãe sua figura de referencial.
       A teoria de J. Piaget sobre o desenvolvimento cognitivo é a mais elaborada que se tem. Em torno dos 2/3 meses o bebê tem muitos espasmos psicomotores. Ao mexer suas mãos de modo descoordenado, ele acaba por esbarrar em algum objeto, é comum que seja um brinquedo colocado ali no seu berço ou carrinho para fazer barulho e distraí-lo. Este barulho produzido por acaso será ouvido por ele, que passa a querer repetir a ação. Diz-se então que este é o nascimento da inteligência: a intencionalidade.
       Por ensaio e erro o bebê vai aprimorando seus movimentos e conseguindo cada vez mais o resultado que deseja. A experiência é a base de todo o desenvolvimento cognitivo.
       A primeira fase é o período sensório-motor, de 0 a 18 meses, o funcionamento é puramente empírico, as aquisições se sucedem por repetição e depois por combinação de movimentos. É a intencionalidade experimentada nos movimentos, originalmente, espasmódicos que atesta o nascimento da inteligência. Repetir o movimento para obter determinada sensação, tátil, auditiva ou visual.
       O período pré-operatório, dos 18 meses aos 07 anos, quando o raciocínio é pré-lógico, quando a verdade concreta não é capaz de considerar duas variantes ao mesmo tempo. Neste período as crianças seguem ao pé da letra o que seus sentidos lhe fornecem de informações, não conseguem ponderar ou flexionar, pau é pau e pedra é pedra.
       O período Operatório, segundo Piaget, está dividido em estágio das Operações Concretas, dos 6/7 anos aos 12 anos, e estágio das Operações formais, a partir dos 12 anos, conseguindo atingir o pensamento lógico com o raciocínio hipotético- dedutivo em torno dos 14 anos.
       Portanto, a criança passa sua infância até os 12 anos funcionando em raciocínio concreto. O que lhe é dito só se torna um conhecimento se for experimentado por ela.  A partir desta idade ela começa a ser capaz de prescindir do concreto e ingressa, gradualmente, no período das Operações Abstratas. para completar seu desenvolvimento cognitivo em torno dos 15/16 anos, quando está capacitada a ter um pensamento lógico, a realizar um raciocínio hipotético dedutivo com metodologia cognitiva.               

Sobre o desenvolvimento da capacidade de memória:
       A memória segue, assim como a aquisição da linguagem, o desenvolvimento cognitivo. A memória, e a linguagem, são baseadas no funcionamento do pensamento concreto. Não se retém por muito tempo na infância um discurso decorado, porque ele carece da lógica concreta.
       A memória é outro conceito também complexo porque ela não se refere ao simples armazenamento das informações. Ela faz parte desta grande engrenagem, e permeia, e é permeada pelos elementos cognitivos e linguísticos, em parcerias inseparáveis, em ambiência de afeto. E seu desenvolvimento, nutrido pelo afeto, depende do cognitivo e do linguístico, ocorrendo de par com estes dois outros vetores. É este desenvolvimento conjunto que vai lhe conferir maior quantidade e melhor qualidade de acervo. Ela, a memória, está submetida às emoções e aos afetos, tanto no seu armazenamento quanto no seu resgate.
       Assim ela pode sofrer variações em função dos mecanismos de defesa do ego, sendo o seu principal, o recalcamento. Este mecanismo, o recalcamento, é amplamente usado pela mente da criança nas situações traumáticas, para garantir a sobrevivência da mente.
   A memória tem um funcionamento que vai adquirindo organização ao longo da infância. Nos primeiros anos, dos 03 aos 10/12 anos, as operações mnêmicas vão se tornando cada vez mais precisas. Para isso a organização no armazenamento/resgate precisa ser repetida à exaustão. Durante toda a infância este processo é prioritário porque é preciso adquirir uma boa memória para as exigências da aprendizagem escolar e a aprendizagem experiencial para a vida. Por isso, as falsas memórias na infância não têm também como se instalar se não há um conhecimento experimental.
             O esquecimento, sob a forma de recalcamento, mecanismo de defesa do ego, entra em ação para evitar a morte psíquica quando o trauma é muito intenso. O esquecimento/recalcamento é grave, e muito comum quando a criança não é acreditada e permanece sofrendo um trauma cumulativo (continuado). 
       A criança é competente na distinção entre fantasia e realidade. Ela não tem vergonha de brincar com a fantasia, tem muita facilidade em entrar no seu mundo imaginário, mas sabe exatamente porque está sob seu comando, mas, diferencia sem nenhuma dificuldade o que é real e o que é fantasia.


       Esta oficina articulada, que usa ferramentas e sistemas linguísticos, mnêmicos, nutridos em solução afetiva, irá completar seu desenvolvimento cognitivo em torno dos 15/16 anos, quando está capacitada a ter um pensamento lógico, a realizar um raciocínio hipotético dedutivo com metodologia. Hipóteses de qualquer destes campos humanos podem ser pensadas e respondidas, até com o não sei consciente.