sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Gardner e as consequências de sua tese pró-pedofilia

     A repulsa, o nojo, a ojeriza, são as reações mais frequentes quando, num caso de abuso sexual intrafamiliar, há uma identificação com a criança vítima. Mas há também, como mecanismo de defesa do ego, a identificação com o agressor, e a reação começa pelo duvidar da palavra da vítima até a culpasbilização da vítima, passando pela negação do fato revelado por ela.
     Hoje, nós temos a identificação com o agressor em ampla expansão, incluindo, principalmente, a maior parte dos Operadores de Justiça. Baseados na tese estratégica de Gardner, pedófilo que ganhou fama e dinheiro defendendo pais abusadores/violentos, a defesa jurídica de pedófilos inverte posições: o pai vira vítima da criança e da mãe, que passa, automaticamente, a ser a ré, por ser incriminada como alienadora parental. Este conceito inventado por Gardner, não precisa ser provado.É um sofisma fechado em si mesmo. O abuso, no entanto, precisa. Provas materiais são exigidas prova de rompimento de hímen, presença de esperma, , quando a lei reza que atos libidinosos vão do toque, da carícia, do exibicionismo sem toque,à penetração digital, a mais frequente porque não deixa rastro. Todos estes atos estão tipificados na lei como Estupro de Vulnerável.
     Gardner fez um manual de instruções que, iniciando pela alegação arbitrária de alienação parental da mãe, a desqualificação da voz da criança e da mãe, classificada como histérica e psicótica, passa à terapia da ameaça,da perda do filho, inclui a destruição profissional e patrimonial da mãe, numa saga enlouquecedora, dá toda a razão para o pai que de denunciado por abuso virou vítima desta mãe "louca e vingativa", efetivando o objetiva único, entregar o abusado ao seu abusador, com a garantia de que a mãe que, apenas, tentou proteger seu filho, esteja definitivamente, mumificada.
     O descrédito da voz da criança é fator de adoecimento psíquico. É muito devastador o uso da perversa tese de Gardner.   

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A consequência da Lei Alienação Parental.


A consequência da Lei Alienação Parental.

Transcrição de Relato de Nívia Chaves, mãe de menino que foi "preso" porque revelou o abuso sexual intrafamiliar a que era submetido.
"Meu filho precisa de mim e meu amor de mãe é maior que tudo e eu vou salva-lo." 

Além de ter sofrido violência doméstica passei a sofrer violência judiciária.


Infelizmente essa lei é devastadora e consta sim uma série de protocolos a se cumprir até a inversão da guarda. 
Se o vizinho abusar do seu filho vc pode e deve denunciar, mas se o abuso for dentro de casa cuidado pq vc pode definitivamente entregar seu filho ao abusador, e pior, endossado pela justiça e escravizar seu filho definitivamente. 

Na primeira audiência de guarda mencionei qdo ao suposto abuso, sim pq naquela época o que existia eram jogos e brincadeiras sexuais comprovado por avaliação forense, aluguel de filmes pornográficos e brincadeiras de pinto com pinto, a juíza me advertiu e consta no termo de audiência q saí advertida. Ela disse q agora virou "modinha" mãe dizer q pai abusa de filho. E na época me fez pagar por todos os honorários periciais. Não me intimidei, estava apenas preocupada com a segurança e bem-estar do meu filho, mas a advogada teria por obrigação saber que aquele era o primeiro protocolo da cartilha “como tirar seu filho” porém ela não sabia e eu como boi de piranha inocentemente ali pronta para ser abatida.

A adv parte contrária indicou a perita com foco em abuso de meninos. Essa pessoa com diploma de "psicóloga" que teve apenas 2 encontros de apenas 30’ comigo, nunca aplicou qq teste. Que na minha inocência pensei q isso era por eu ser psicóloga. 
Quando o laudo foi publicado não acreditei na extensão, no conteúdo e principalmente nas afirmações que ela fez nas quais eram mentiras por nunca terem existido e pior ela afirma q tenho problemas de esquizofrenia. E ela por ser psicóloga jamais poderia aplicar qq CID. 
O que me pergunto até hoje é onde ficou a investigação do “suposto” abuso ?? Ela foi contratada para saber o que estava acontecendo com meu filho, no entanto o laudo foca apenas na mãe, se implantou falsas memórias na cabeça do filho ou não. Diz ainda que “ao abordar o episódio do banho a cça diz não foi nada disso, todo mundo tomou banho deixando claro que tudo não passou de brincadeira”. OI? Como assim? Então papai toma banho com outro homem, faz “ginástica” no pipi do amigo e o filho junto devemos entender que é tudo brincadeira?? Uma cça em tão tenra idade pergunta pq o xixi do papai as vezes é branco também é brincadeira??
Desconsiderou e se negou a falar com o psicólogo que o acompanhava há meses, desconsiderou a psicóloga forense que o avaliou e alertou a mãe que o filho estava assistindo a filmes pornográficos na cia do pai com apenas 2 aninhos e foram comprovados na TV a cabo, negligenciou a fala da assistente técnica que insistiu com a Senhora perita de que deveria avaliar todos os pontos, inclusive a escola na qual a criança estudava desde 1 ano de idade. Tudo isso corrobora com a falta de profissionalismo e preparo que o nosso judiciário julga a vida de inocentes vulneráveis.

Por fim esse laudo foi usado de todas as maneiras, mas inicialmente não perdi a guarda e sim passou a ser compartilhada em maio de 2016 e o inferno começou. Nesses dois meses o pai não mais brincava de jogos e brincadeiras sexuais, ele passou a abusar efetivamente do meu filho. Ele recebeu autorização da justiça para isso, meu filho agora seria oficialmente seu bonequinho de prazer. 

Em julho 15 dias comigo 2° quinzena com o pai e no retorno meu filho me pediu "mamãe me ajuda" e contou tudo q viveu c o pai nos 15 dias... fomos até o conselho tutelar que nos encaminhou a delegacia onde meu filho relatou todos os abusos e fomos encaminhados ao exame de corpo delito. Que deu negativo... não tinha vestígio de esperma. A delegada chegou a pedir prisão preventiva do pai. Foi negado por ser abuso de menino. 
O pai em paralelo entrou na vara da família pedindo busca e apreensão pq não conseguia retirar o filho a juíza liberou e foi então q com força policial armada retiraram ele da minha casa antes das 7h da manhã num sábado 20/08/2016.

O pai o levou na delegacia com o seguinte discurso "a irmã segura as pernas e a boca da cça e mãe introduz objetos no bumbum para poder incriminar o pai de abuso sexual". O espertinho inverteu a situação não negou o abuso... afinal não sabia qual resultado o exame daria, mas colocou na minha conta... 
Foi qdo contratei um criminalista para livrar a mim e minha filha pq se fossemos presas ficaríamos em situação pior por ser um crime inafiançável. 
A juiza q recebeu na íntegra todo o inquerito policial não quis saber de nada... deu razão ao pai e eu como alienadora de grau severo e com problemas mentais estava causando perigo e danos a sociedade, a minha família e ao Pedro. 
Foi assim que perdi a guarda. 
Mesmo com 3 laudos psiquiátricos confirmando que não tenho problemas mentais, 5 avaliações psicológicas e 2 testes Rorschach não são suficientes para derrubar a maldita decisão.
Nunca me calei e tão pouco me intimidei. 
Vou lutar pelo meu filho. 
Fui ao Uruguai fiz a denúncia formal de todos os direitos humanos violados meus e do meu filho. Tudo formalizado na CIDH e OEA. Inclusive entrei com a medida cautelar junto a OEA, além de entrevistas, denúncia na CPI... qq portinha q se abre lá estou. Não desisto e nem vou desistir.
Eu via o sofrimento do meu filho e eu aqui ainda tenho vcs, amigos, família para falar e esbravejar e meu filho?? Quem ele tem?? Com quem ele pode conversar?? Ele foi preso por contar o segredo do papai e agora?? Vcs acham q essa cça confia e fala com alguém?? 
Choro todos os dias sim, mas respiro fundo pq não tenho o direito de surtar, não tenho o direito de enlouquecer. Meu filho precisa de mim e meu amor de mãe é maior que tudo e eu vou salva-lo.
Não acreditem somente no que seus advogados falam, estude e estude muito, porque infelizmente cheguei onde estou por falta de competência técnica. Advocacia é igual medicina se vc não se reciclar ficará para trás. E hj, para mim, ficou bem claro que os advogados não sabem muito a respeito da lei, de onde surgiu e o que está por detrás dela. 
Sem conhecimento dessa maldita é impossível lutar contra ela. Conseguiram amarra-la de tal forma que atribuíram uma patologia que não existe na OMS (organização mundial da saúde)
É preciso estudar e entender quem foi o pai dessa tese, Richard Gardner, quem foi kinsey. Qual a cartilha que orienta como tirar o filho da pp mãe e como desqualifica-la financeiramente. Sim, existe todo um protocolo a seguir e o caminho finda na tentativa de enlouquecer a mãe e acobertar o abusador (psicológico, sexual, agressivo, negligente).
É preciso ter conhecimento de todos os detalhes para não cair, pq caso contrário o caminho será tortuoso e quase que sem volta. 
Mulheres, mães é preciso união para acabar com essa Lei AP caso contrário nossos filhos serão muito penalizados e a questão é quem irá pagar essa conta quando nossos filhos crescerem? Pq certamente a conta virá e lá na frente ninguém irá lembrar de nós e muito menos deles.
Podem chamar isso de qualquer coisa, menos de AMOR

Nívia Chaves.