sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Falsas Memórias, uma falácia nos laudos psicológicos de Criança Parte V

Falsas memórias, uma falácia nos laudos psicológicos de Crianças Parte V A Criança nunca foi tão ultrajada como está sendo agora. Desacreditada, tomada por mentirosa, vista como marionete nas mãos da mãe, tudo isso para manter a perspectiva negacionista pela adesão dogmática dessa ideia de alienação parental. As Crianças fazem um incrível malabarismo circense para “decorar” o que não experimentaram, proeza impossível se considerado o desenvolvimento cognitivo em suas fases infantis. Mas, para que serve estudar as fases cognitivas se tudo é alienação parental de todas, todas as mães que “não se conformaram com o fim do relacionamento”? Aliás, essa é a explicação dada pela polícia em mais de 90% dos casos de Feminicídio, em alta de 60% em relação ao ano passado. Os ex maridos, ex namorados, ex companheiros, matam, simplesmente matam, e, na frente dos filhos. Não temos números de mulheres que matam porque não se conformaram com o fim da relação. Seria porque nem para estatísticas, mulheres, e seus filhos, não importam? Não há nenhuma preocupação com a falta de lógica e de realidade de afirmar falsas memórias como se Crianças fossem tábulas rasas, totalmente, programadas por mães maliciosas. Aliás, esse era o primeiro título que Gardner quis batizar essa desqualificação da voz da mulher para proteger o genitor abusador. A Síndrome de Alienação Parental foi antes “Síndrome da Mãe Maliciosa”. Mas ficava muito óbvio seu objetivo, então, ele mudou para algo que remonta aos asilos de loucos, depósitos de doentes mentais, onde ficavam as pessoas chamadas na época de alienadas. Na língua jurídica, usa-se o termo alienado para objetos, bens materiais, imóveis, carros, hoje as Crianças foram incluídas, como se objetos fossem. Trouxemos várias situações em que a realidade que a Criança comunica é desqualificada e interpretada com um enorme escape da realidade. O “segredo de Justiça” fornece o edredon para que ninguém possa ter acesso à barbárie que é cometida contra as Crianças em afirmações infundadas. Assim, se a Escuta Especial entra no Processo, onde já há uma manobra que desloca a equipe de psicólogas da Vara de Família, que segue o Mito da Família Feliz, com perdão e acolhimento total do abusador, para a Vara Criminal. Ou seja, a mesma equipe da dogmática alienação parental e negação do abuso sexual intrafamiliar, é quem faz também o laudo para o Processo Criminal. No último artigo, trouxemos o caso do menino molestado pelo pai, que foi condenado a mais de 10 anos de prisão pela Vara Criminal, mas a Vara da Família o absolveu. Foi dito que eram falsas memórias do menino. E no tempo em que não tinha ainda essa Resolução do repeteco da mesma equipe técnica. Ficou ainda mais fácil cercar e esvaziar qualquer denúncia de abuso sexual de uma maneira “legalizada”. Sabemos que esta é uma conduta dos humanos. Ao longo da História, todas as vezes que um grupo queria praticar livremente uma perversão, esse grupo montava uma lei. Assim, a Exploração das Riquezas no tempo das Colonizações, era legalizada. O Comércio Internacional de Escravos, era legalizado. O Apartheid tinha uma lei que o amparava. O Holocausto estava também amparado numa lei que acabou por garantir a tortura e o assassinato de 6 milhões de judeus, ciganos, homossexuais, negros, em câmaras de gás, uma das modalidades desse flagelo da humanidade. Quando sustentamos uma tese sem validade científica, estamos calando e deformando o caráter da Criança em questão. Na semana passada nos deparamos com um vídeo de uma Criança, ainda na 1ª Infância, submetida a uma psicóloga que permite a entrada do genitor na salinha, e a Criança desespera em choro convulsivo. É chocante, para usar um adjetivo educado para a postura da psicóloga. Ela não demonstra um só pingo de empatia para com a dor da menina. Segue em verdadeira sessão de tortura, insistindo de maneira fria, controlada, e controladora que a menina aceite a presença próxima do genitor, dito pela menina que praticava atos libidinosos, até que depois de algum tempo, quase chegando à exaustão ela pega a Criança no colo e sai com ela, provocando o aparecimento de várias pessoas no corredor do Fórum. Ninguém interveio. Ao sair, ela fala para o genitor segui-la, e lá fora, longe dos olhares testemunhas, já em difícil percepção, ela entrega a menina aos gritos para esse genitor. Se o Princípio do Melhor Interesse da Criança tivesse sido lembrado, talvez essa profissional. Com o aval da Justiça, pudesse respeitar a angústia explícita da Criança. Não estou afirmando se houve ou não houve o que a Criança fala. Estou apontando a dureza fria de uma lei que não tem comprovação científica, que recai sempre no interpretódromo. O que ela relata não existiu, são falsas memórias. Sua mãe não é protetora e cumpridora dos Artigos do ECA, que exigem inclusive a denúncia ao Conselho Tutelar em caso de suspeita ou confirmado, aprendeu na sua restrita vida um código simples, pode e não pode, mas o não pode passa a poder sem que ela possa entender. Isso tudo é enlouquecedor. Como será que essa Criança vai lidar com a lei, com a justiça, com os operadores de justiça? Aos gritos, em pânico, não foi escutada. Um adulto, ou, uns adultos a subjugaram pela supremacia da força física. Foi serrada sua súplica. É a invisível motosserra que ceifa o desenvolvimento da Criança. É um holocausto de Mulheres e Crianças cuja invisibilidade permite sua existência a céu aberto. Você sabe se tem alguma Criança próxima a você que está nesse Holocausto Legalizado?

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