segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Constelação Familiar. Logo, animais são estrelas. Parte V

Constelação Familiar. Logo, animais são estrelas. Parte V Quando abreviei o Silogismo tão conhecido que explicita o que é um Sofisma, figura da Filosofia que, usando premissas corretas dentro de um raciocínio lógico, induz ao erro. O Silogismo completo que serve de exemplo nas classes iniciais da Filosofia, diz: 1. Ursa Maior é uma constelação, (Premissa Maior), 2. Constelação é um grupo de estrelas, (Premissa Menor), 3. Logo, animais são estrelas. (Conclusão). O Silogismo é muito usado para seguir o pensamento hipotético dedutivo que é o pensamento que fundamenta a Ciência. O Sofisma é uma espécie de “carona” num raciocínio lógico, com Premissas corretas, mas que recorta uma característica e, assim, conduz ao erro. A Constelação de Ursa Maior não pode ser o fundamento de uma afirmação de que animais são estrelas. Este simples exemplo, muito claro em seu percurso de distorção e manipulação semântica, nos ajuda a enxergar o desvio de propósito, e que, enquanto desvio, permeia essa tese de ficção da Constelação Familiar. Mas, para além dos Sofismas que permeiam essa tese de misticismo, observa-se outro fenômeno, igualmente, grave. A usurpação de termos para causar impacto aos que não verificam, que são a grande maioria. Sabemos que não temos tempo sobrando para investigar a veracidade de coisas que são ditas aos borbotões, contando com nossa precária Cultura de artigos científicos. Desconhecemos as leis da Ciência, pulamos os rigores da escrita científica. Encontramos, por exemplo, em “curriculuns” referência a domínio de “Psicoterapias Vibracionais Quânticas”. O que seria isso? Vibrações não são reconhecidas pelo Conselho Federal de Psicologia que regulamenta a atividade de Psicoterapia, restrita, por Lei, apenas a Psicólogos e Psiquiatras. Em assim sendo, “vibrações”, não se sabe de que ordem, não fazem parte do campo de atuação do Psicólogo. Sabemos que esta é uma área muito fértil para o surgimento de charlatanismos, porquanto a fragilidade emocional do paciente é usada para o ganho financeiro inescrupuloso. Como seui inventor, este “pequeno detalhe”, a devida formação acadêmica, não tem a menor importância para esta área de atuação sem fronteiras, nem limites, nem leis. É equivalente a permitir que um sapateiro possa edificar um prédio, com toda a complexidade existente numa construção de um edifício. E a referência, ou adjetivo, ou substantivo composto, “vibrações quânticas”, toca na usurpação de termo técnico que define hoje uma área da Ciência da Física. A Dra. Gabriela Bailas, com Pós-doutorado em Física Quântica, e no estudo da Noção de Nano, afirma que não há nenhum ponto de ligação de uma coisa com a outra, ou seja, a constelação familiar e sua tentativa de “explicação” não tem nada a ver com a Física Quântica. Nem mesmo de dimensão nano. Essa terminologia, a quântica, não cabe nessa tese infundada da constelação familiar. Com o mesmo modus operandi, a Alienação Parental, dogma jurídico que encanta pela simplificação que operou em meio à complexidade da violação sexual incestuosa. Observa-se que os juízes mandam a psicóloga “de sua confiança”, critério pouco claro em se tratando de questão tão difícil, diante de um crime quase perfeito. A demanda do julgador tem apenas uma frase: “verificar se tem alienação parental”. E, claro, que a resposta em forma de imitação de laudo, chega à resposta esperada. Tudo se resolve com a frase mágica: a mãe pratica alienação parental. E, se esse é um termo que foi inventado para defender pais agressores, não precisa provar nada. Também não há muito porque os pontos alegados no corpo da lei, não tem muita consistência. Mas é o suficiente para condenar mãe e criança à Privação Materna Judicial. Agora, para despistar, está mudando de nome, “Polarização Familiar”. Parece ser uma coisa nova, mas é mais do mesmo. Há mais de 4 anos foi promulgada a Lei da Escuta Especial, mas Crianças continuam a passar pela tortura da acareação, e por sucessivas e exaustivas sessões de busca de contradições nos seus relatos. Revitimizações “legalizadas”. Afinal, demandas de Promotores e Juízes. Quando, após longa insistência para que seja cumprida a Lei 13.431/2017, ficando gravado em vídeo o Depoimento Especial da criança, surge o advento das Falsas Memórias, tese também acientífica, que é alimentada pelo preconceito de mulher louca, mulher mentirosa, mulher rancorosa. Afirmam-se pesquisas com adultos, pois ninguém pesquisou sobre lembrança de trauma. Como poderia ser tentado introduzir uma lembrança de um trauma sexual em um grupo de Crianças para pesquisar a quantidade de ocorrência de implantação de falsa memória do abuso sexual? Seria necessário chamar o Kinsey e os pesquisadores dos laboratórios humanos do Holocausto. Kinsey pesquisou o número de orgasmos que podem ocorrer por dia em Crianças de 0 a 7 anos, com as Crianças capturadas nos campos de concentração, e estabeleceu, a partir dessas manipulações de bebês, a Escala de Kinsey, que pretendia provar a presença de sexualidade na Infância. Existem mentes capazes de praticar atrocidades com Crianças. E, existem mentes cegas. Vale a pena se informar. Deixo aqui a sugestão de Artigos Científicos sobre os temas: Valéria Scarance, Promotora do TJSP, no livro “A Invisibilidade de Crianças e Mulheres Vítimas da Perversidade da Lei de Alienação Parental – Pedofilia, violência e Barbarismo”, escreveu o capítulo “Abuso sexual intrafamiliar: o efeito alienante das teorias. Ela traz a crítica à alienação e às falsas memórias, mostrando as inconsistências. Claudia Galiberne Ferreira, Heitor Ferreira Gonzaga, e Romano José Enzweiler, escreveram um excelente Artigo Científico intitulado “Constelação Familiar e a promoção da economia do medo”, publicado no Instituto Summum Iuris. (). Marina Garcia Guagliariello e Mateus Cavalcante de França, escreveram o Artigo Científico “Em busca de um fundamento científico: uma análise de justificativas do uso das constelações familiares por agentes do campo jurídico (se houver)”. Publicado pelo III Encontro Virtual do CONPEDI , Direito de Famílias e das Sucessões. Claudia Galiberne e Romano Enzweiler têm mais dois Artigos sobre Alienação Parental no livro “A Invisibilidade de Crianças e Mulheres vítimas da Perversidade da Lei de Alienação Parental – Pedofilia, Violência e Barbarismo”. Gabriela Bailas tem em seu canal do YouTube, vários vídeos e artigos sobre Constelação Familiar. Gabriela é Doutora em Física Quântica.

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