quarta-feira, 6 de abril de 2022

Precisamos falar sobre Moïse e Henry. Parte VIII

Precisamos falar sobre Moïse e Henry Parte VIII A cada segundo morrem no mundo 10 Crianças de fome ou doença curável. Pode ter uma superficial aparência de negligência, de atitude culposa, sem a intenção de matar. Mas, com todos os indicativos, temos, sim, um dolo. Assim como é dolo usar o conhecimento como arma contra crianças já vitimadas por alguém que elas amam e obedecem. É também barbárie, mesmo que sem sangue, as fraudes escoradas na Ciência, em afirmações resultantes de distorções guiadas pela falta de lógica ou pela intencionalidade de triunfar. Vale usar falsas afirmações que surgem de pseudociências. Mas que vendem dogmas. Para as/os peritas/os “forenses” o preconceito de que toda mulher/mãe que faz denúncia de abuso sexual intrafamiliar, vitimando um filho ou filha, é louca, vingativa, interesseira. Partindo dessa falsa premissa, a voz dessa mulher/mãe é, completamente, desconsiderada e desqualificada. Para corroborar o preconceito de “mulher louca”, esses profissionais trazem recheios ainda mais fraudulentos, atribuindo à mulher/mãe doenças mentais severas para dar uma ideia de consistência à desqualificação da voz dela. O ataque é duplo. O conhecimento teórico se transforma numa arma poderosa. Do alto de um saber que não precisa de bom senso, esses operadores de justiça se arvoram a afirmar teses que resultam de Sofismas criados por eles mesmos. Assim a NÃO científica tese de que a criança decorou um texto que a mãe preparou, para repetir um relato que não aconteceu, despreza a realidade do desenvolvimento cognitivo. Não sabemos como uma pessoa que estudou Psicologia pode defender uma tese que contraria todas as teorias científicas que descrevem o desenvolvimento cognitivo da Criança. Falta honestidade afirmar que quando a Criança descreve uma cena de abuso que ela sofreu, com detalhes, com referência a sensações, elencando gostos e cheiros de sêmen, que isso seja, fraudulentamente, escrito como uma falsa memória. Essa capacidade de arquivar o mundo só é possível como uso do raciocínio concreto, com a experiência. Todos os Profissionais de Psicologia sabem disso. Estudaram essas Teorias do Desenvolvimento Infantil. Não é possível ouvir alguém dizer que uma Criança relatou “falsas memórias” ao descrever práticas de abuso sexual intrafamiliar. Mas essa “perita” deixa na penumbra o fato da Criança desenhar a cena abusiva ou o pai com um órgão genital ereto e grande, de onde pingam gotas que explica serem a gosma branca que sai do piupiu do papai, (sic). Ou fazer a encenação de ato sexual com os bonecos que lhe são oferecidos. Como explicar tamanha capacidade mnêmica para guardar, com coerência um script alheio a sua experiência? Isso não seria possível. Equivale a afirmar que uma Criança decidiu que vai dar um helicóptero para a mãe, comprado com as moedas de seu cofrinho, porque ela adquiriu ações PP que valorizaram muito e teve um bom lucro. A Criança justificaria que em seu cofrinho tem muitas moedas que tem aquela parte dourada que vale muito, então vai conseguir comprar o helicóptero para dar de presente no dia das mães. Assim como uma Criança de 6, 7 anos não sabe o que são ações PP, ela também não sabe que o adulto tem ereção e ejaculação. Mas ninguém se importa com isso, e, seguindo o dogma, foi a mãe alienadora que implantou falsas memórias, como se fosse um chip subcutâneo que passa a funcionar com as peritas, e só com as peritas. Interessante observar que somente as Crianças que sofreram abuso sexual incestuoso, intrafamiliar, são portadoras dessa implantação de falsas memórias. Quando o abusador é extrafamiliar, ninguém duvida da voz da Criança, ela é merecedora de todo o crédito. Qual seria a diferença? Por que se confia quando ela fala do motorista da van escolar, de um professor, de um vizinho, de um desconhecido que estava na padaria, e é fantasia e implantação de falsas memórias quando ela, com um enorme sofrimento, refere um abusador dentro da família? Essas afirmações infundadas sobre o desenvolvimento infantil são espalhadas como verdades científicas. Curioso é que são ilógicas, sem necessitar de conhecimento acadêmico específico, contestáveis pelo simples e acessível bom senso. O mal-estar dessa perversidade, abusar sexualmente de um filho ou filha, é tão insuportável que nos cega até para o óbvio. E preferimos nos esconder no negacionismo. No entanto, se para uns o sofrimento diante de tamanha aberração humana é insuportável, para outros é fonte de ganho financeiro. A monetização desse comportamento é uma realidade que se utiliza de bebês, os mais rentáveis, a adolescentes quase adultos. Para ter mais garantia de impunidade, grupos sociais e lideranças que disseminam ensinamentos sobre como ganhar com a exploração de Crianças vítimas de violação de seus corpos, vêm se conglomerando, misturando profissionais de várias formações, que se protegem e blindam contra qualquer tentativa de denúncia a Conselhos e/ou Entidades Públicas. A lama do conhecimento desviado de seu propósito.

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