terça-feira, 29 de agosto de 2017

Sobre a Lei da Alienação Parental

 O período que se segue a uma separação é um processo de luto. Luto pelo projeto de vida a dois, luto pelo afeto que dedicou ao outro, luto pela perda daquele arranjo familiar, todos itens independentes da qualidade. como todo luto, tem um prazo de validade e é normal e saudável para a mente de todos da família. As emoções neste período ficam à flor da pele, mesmo nas separações bem amistosas. O que não é possível é fazer disso uma defesa para pais que praticam violência doméstica contra a mãe e abusam sexualmente da criança.Não é, cientificamente, provável que se possa fazer lavagem cerebral ou a tal da implantação de falsas memórias por incompatibilidade com o desenvolvimento cognitivo. A criança até os 11 anos tem raciocínio em operações concretas, e só a partir desta idade, passa a ser capaz de fazer abstração, ou seja, prescindir da experiência sensorial. Assim, não é possível que uma criança descreva "o xixi de gosma" do pai, "o piupiu cor de rosa que faz ginástica", o "dedo que vai pegar bichinho que se escondeu no meu bumbum". Uma criança de 5 anos pode dizer que vai "comprar um carro novo para dar de presente para a mãe com as moedinhas de seu cofrinho porque ele está cheio de moedas que tem uma roda dourada". Mas nunca vai dizer que vai comprar o carro com os dividendos das ações PP que renderam bem. Não faz parte de seu conhecimento, nem fará em toda a sua infância, este tipo de conhecimento. Assim como elas não sabem sobre sêmen, ou língua no beijo, ou que a região anal serve para outra coisa que não defecar. As crianças que rejeitam o genitor deve-se pesquisar adequada e corretamente o motivo desta rejeição, pela Escuta Protegida. O que é feito é o método da acareação com a criança e o pai na mesma sala de maneira que ali se pratica mais um abuso sexual institucional. Além disso a criança não rejeita seu abusador todo o tempo, apenas quando sofre dor nos abusos, o que é muito raro. Os abusos se constituem da mistura de sedução e intimidação, mas não deixam marcas corporais. Raramente. O conceito de alienação parental foi cunhado por Gardner, médico pró pedofilia que se suicidou quando começou a ser investigado pelo FBI por diversas denúncias de pedofilia. Faz-se necessário ler o livro dele: "as atividades sexuais entre adultos e crianças são parte natural da sexualidade humana, uma prática positiva para a procriação porque a pedofilia estimula sexualmente a criança, torna-a muito sexualizada,fazendo-a ansiar por experiências sexuais que redundarão num aumento da procriação", páginas 24 e 25 de seu livro "True and False Accusations of Child Sex Abuse. Ele propõe um roteiro, desqualificando a mãe e lhe atribuindo incapacidade para criar o filho, aliás, laudos tem sido emitidos e consagrados, feitos à distância onde são atribuídas patologias graves à mãe. Exames de Corpo de Delito, também desqualificados. Relatórios de Escola, também. É tudo Alienação Parental da Mãe, e isto não preisa de provas materiais. É preciso ler o que ele escreveu e como montou o gatilho: abuso sexual/violência doméstica = falsa acusação = logo, é alienação parental da mãe. A escolha que fez do termo "alienação", cuidadosa para seu propósito,remete aos Hospícios de Charcot e Pinel, onde eram abandonados os alienados. Ele ganhou muito executando este gatilho: trocar a vítima tornando-a culpada e vitimizando o autor do crime. É perfeito quando não se quer ter trabalho nem sofrer diante da perversidade humana contra o corpo de uma criança que atinge sua alma. Há a supressão do princípio do contraditório pois, enquanto SOFISMA que é, toda argumentação torna-se, compulsoriamente, "prova de alienação". Hoje, temos mais de 2.000 mães que perderam a guarda de seus filhos e foram afastadas, imediatamente, parcial ou totalmente deles. E pede-se a criminalização dessa lei para amordaçar de vez o dever de proteção que mães buscam junto à Justiça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário