quinta-feira, 22 de junho de 2017

ESTUPRO COLETIVO, modalidades

                                                    ESTUPRO COLETIVO, modalidades
       O Estupro Coletivo é uma das situações mais degradantes para a vítima. A simples ideia já nos é de pronto repugnante. Logo associamos a uma mulher como a vítima. Mal conseguimos ler quando chega a algum jornal porque, inadvertidamente, escapou de ser abafado. Como pode que um grupo de homens ou rapazes triturem sexualmente uma mulher? Para que? Não há prazer no ato sexual, que, na verdade, não é um machucado sexual. Por que fazer fila para, em confraria, mostrando seu órgão genital para outros homens, esperar pela vez de ser violento contra uma pedaço de carne já dilacerado? Onde fica o gozo? Digo, o sexual, onde? O único prazer tirado desta violência é o velho e conhecido prazer do poder absoluto sobre o outro. Dominador esmagando o dominado. Infelizmente visto em tantas versões.
       O Estupro Coletivo daquela menina no Rio de Janeiro. Midiático. Eram 33 rapazes. Depois 9. Depois 3. Um delegado duvidou da moça. Toda arrebentada. Foi afastado. Houve um no Piauí. Nada muito midiático. E tantos silenciosos que não chegaram ao noticiário. Este ano, outro no Rio de Janeiro ganhou alguma notoriedade. A menina, 12 anos, encontrada num matagal.
       Há uma tendência a fazer logo uma imagem de uma figura feminina cercada e violentada por figuras masculinas. No entanto, também pouquíssimo midiático é o estupro de garotos gays. Estes, além de serem seviciados por várias figuras masculinas, são espancados, principalmente no rosto. Restam deformados em seus rostos, em suas identidades sociais. Há um desejo explícito de apagar o rosto daquele que escolheu ser gay. Esta modalidade de Estupro Coletivo se amplia nesta crueldade de matar a fisionomia do outro.
              Uma outra modalidade é o Estupro Coletivo Invertido. Um estuprador violenta uma coletividade. O médico, grande especialista em fertilização, estuprou um coletivo de mulheres que vinham a ele buscar a efetivação da maternidade paga a peso de ouro. Hoje ele recebe de uma Juíza o benefício da prisão domiciliar com todo o luxo e conforto que arrebatou de suas pacientes, incluindo as estupradas por ele.
       Há alguns anos, no Pará, uma menina de 15 anos que tentou furtar um celular do sobrinho de um delegado, ficou presa por 26 dias numa cela masculina com 20 homens. A delegada e a Juíza da comarca se justificaram dizendo que não tinham reparado que era uma menina. Foram 26 dias de estupros diuturnos de 20 homens, acompanhados de torturas físicas, queimaduras, roubo de sua comida, e impedimento de sono, práticas de seus algozes. Além dos 20 homens, esta modalidade de Estupro Coletivo contou com a Delegada e a Juíza, Defensor Público, Conselheiros Tutelares, Promotoria Pública, além dos carcereiros. Esta menina foi estuprada por pelo menos 25 pessoas. Ela era menor. O ECA prevê medidas sócio educativas. Não consta aprisionamento de menina em cela masculina.
       O Estupro Coletivo que está sendo hoje praticado pelo entendimento de que toda queixa de abuso sexual intrafamiliar é a prática da mãe de alienação parental, está deformando crianças de menos de 7 anos que são entregues ao abusador com o afastamento da mãe. O caso de Joanna Marsenal foi emblemático. Como assinalou o Promotor de Justiça Casé Fortes, recentemente em Palestra na OAB-RJ, a incompetência dos técnicos peritos em avaliar o abuso sexual na criança, tem favorecido a expansão da Pedofilia,  Também a mãe, nestes milhares de casos, segue sob o Estupro Coletivo da violação do Direito à Maternidade. É um Estupro Coletivo Duplo, Criança e mãe são estupradas. Como também afirma o Promotor, todos somos responsáveis por cada caso de Pedofilia que acomete as crianças.
       A Pedofilia Intrafamiliar tem se mostrado um grande Estupro Coletivo de consequências nefastas que nossa sociedade vem negligenciando, irresponsavelmente.  

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