quinta-feira, 18 de agosto de 2016

PAI  É  PAI: JOANNA, MAIS UM ANO DE SUA MORTE.

              E mais um ano se passou da morte por assassinato, tortura e maus-tratos do pai. A mãe silenciou em luto até hoje, talvez para sempre. Foi acusada de Alienação Parental, perdeu a guarda e teve seu afastamento por 90 dias executado. A receita mais comum hoje. Este conceito, a Alienação Parental, foi implantado por um médico que fazia trabalho de psiquiatra, sem ter a especialidade, que defendia a pedofilia e o incesto. Ele dizia que a pedofilia intrafamiliar tinha como causa a mãe que não satisfazia sexualmente o pai, e que, então, a mãe devia adaptar o filho ou a filha aos abusos, porque abuso sexual era normal, ajudava na procriação, depois, ajudava porque despertava a sexualidade da criança. Para ele, o abuso sexual era responsável pela preservação da espécie, e quem se opunha a ele, obstruía a cadeia natural. Foi daqui que nasceu este conceito, hoje endêmico como conceito psicojudicial. Acredito que muitos que repetem este conceito nunca leram sobre sua etiologia. Os livros do autor são acessíveis na internet.   
       Na verdade, a dita Alienação Parental temporária, pós-separação, não passa de uma a simples reação emocional frente à perda do projeto a dois que tinha sido feita. E, enquanto perda traz tristeza, raiva, arrependimento, em ambos os cônjuges, mesmo quando já há outra relação sendo iniciada. Daqui a pouco, o Estado vai ter que legislar sobre a inveja entre os irmãos, o bullying que pai pratica em filho, as Alienações Parentais Patológicas Intrafamiliares, dos casais que se denigrem e não se separam, as alienações filiais intrafamiliares, de mães e pais, sobre os sentimentos hostis de pais e mães em relação a um filho, e tantas outras situações emocionais intrafamiliares. Previno que é muito difícil porque muito complexo. E os Operadores de Justiça, incluindo os profissionais de psicologia, estão muito despreparados para exercer esta tarefa hercúlea, se promiscuir nas redes do sistema afetivo familiar, sistema social patriarcal.
       Pai é pai. O que teria comemorado o pai da Joanna? Ele que, solto, até hoje sem julgamento pelo crime que cometeu, já fez concurso duas vezes para ser Juiz. Como comemorou o pai da Isabella? Da Sofia? Do Bernardo? E o Juiz que julgou o Bernardo? A votação da Câmara que o julgou para ter uma advertência, foi 15 a favor da advertência e 13 contra a advertência, ou seja, por 2 votos apenas ele não receberia nem uma advertência pela sentença que deu ao Bernardo.
       Dia dos Pais! Comemorado por tantos pais como obrigação imposta pelos filhos. Houve um pai que comemorou estuprando de novo a filha de 16 anos, em Cariacica, ES. Outros empoderados pela onipotência ganha pela falsa acusação de Alienação Parental que lhes rendeu a inversão da guarda e o afastamento do convívio com a mãe, também fizeram a mesma coisa com seus pequenos filhos e pequenas filhas.

       Mas existem pais bons de verdade. Sei por que tive um. Era responsável, protetor, provedor, nunca me bateu, era visceralmente honesto e honrado. Aprendi com ele. Outros pais também são bons e ensinam, e ajudam o crescimento de homens e mulheres do bem. Conheço muitos. A estes, e só a eles, a minha homenagem.

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