terça-feira, 10 de maio de 2016

MÃE!

MÃE!
MAMÃE,
MÃINHA!!!
MÃIÊ?
MOM,
MINHA MÃE!
MOMMY...
MAMAN.
        Não importa como lhe chamamos, ela nos atende, ela nos zela, ela nos protege, ela é a única que defende diante de uma ameaça.
       A Claudia escreveu:
       “Mas eis que um dia, finalmente, ela começou a ceder. Reconheceu, com o peito muito doído, a existência da maldade humana. E aí, em lugar de ficar aliviada, eu tremi nas bases. Descobri, estupefata, que a grandeza de minha mãe não tinha nada a ver com a crença na bondade humana. Minha mãe era especial porque fazia do verbo "acreditar" o seu lema. Aquela pessoa que se dizia sem religião cultivava uma fé inabalável nas pessoas e no potencial de cada uma delas para alcançar a paz e a felicidade. E, com o seu jeito manso, diplomático, cuidadoso e carinhoso, ela adoçou a vida de muita gente. Se hoje sou uma pessoa relativamente razoável e capaz de controlar as minhas crises de desespero e de fúria é porque fui abençoada por ter justamente essa pessoa como minha mãe.
       Hoje ela procura um caminho do meio entre a aceitação da maldade e a crença na bondade dos homens. Tenho certeza de que a fé de minha mãe ganhará ricos contornos com a chegada do paradoxo. Como ela vai fazer, eu não sei, mas creio na extraordinária capacidade de se reinventar dessa pessoa que, com muito orgulho, chamo de "mãe".”. Trecho de uma página literária e viva de Claudia Marcanth.
       A escritora conseguiu arrumar as letrinhas certas de tal forma que sentimos o que é ser mãe. Quase poesia. A beleza da verdade. Aceitar a maldade e acreditar na bondade dos homens. Fábrica de força. Conseguir lidar com estes dois elementos, alimentando o abrir os olhos e alimentando a fé nos homens de boa vontade, é ter responsabilidade empática pelas crias.
       A todas as mães que abriram mão da prioridade narcisista para se responsabilizar pelo desenvolvimento de uma coisinha tão frágil em uma pessoa pensante, minha homenagem.
       Hoje, Dia das Mães, em especial, penso nas mães guerreiras, que lutam pela proteção de seus pequenos , as que não se dobram, as que são punidas injustamente, as que perderam a guarda dos filhos por falsas alegações, dor que rasga. As nossas invisíveis mães de maio que nem usam lenços brancos na cabeça, mas que rodam em círculos infinitos sem chegar a lugar nenhum. Desesperadas mas não histéricas como querem caracterizá-las. Nossas crianças estão sendo torturadas e assassinadas em sua infância. Para estas fortes, a minha admiração pela fé na verdade e no amor, acreditem em seus filhos e, continuem! Acreditem sim! Vai valer a pena!


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