domingo, 12 de outubro de 2025

As Aparências Enganam, um Serial Estuprador. Parte III Quem vê cara não vê coração. Quem vê cara não vê abuso. Continuando a pensar sobre o professor de Direito de Família, coordenador do Curso de Mestrado, presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família no seu Estado, era notório o “bom relacionamento” desse professor com promotores, juízes e desembargadores, o que ele fazia questão de registrar e publicar. Talvez como forma de intimidação para silenciar suas vítimas. Também fazia dobradinha com uma influente psicóloga, perita judicial, que dita inverdades com maquiagem de afirmações comprovadas, o que nunca o foram, e ministra cursos para habilitar técnicos a perseguirem mães que ousem denunciar genitores abusadores. Essa moça espalhou, sem cerimônia, que é um exagero dizer que fazer sexo oral na criança é estupro, negando assim o Conceito Jurídico de Estupro de Vulnerável que abrange qualquer, qualquer, ato de lascívia praticado contra a criança, incluindo até as práticas que não tocam o corpo da criança como os vouyerismos. Exemplo, assistir filme pornográfico com a criança. É considerado Estupro de Vulnerável. Como uma “lambida na p.p.ca”, na linguagem chula da moça, publicitada por ela mesma, não é? E nos links que enredam, ela foi madrinha de casamento do referido professor de Direito de Família que ainda está preso. Não sabemos por quanto tempo ainda. As brechas da Lei, soltam esses indivíduos com frequência. Assim foi com um ex-deputado, que elenca vários títulos de ex, que foi preso sob acusação de Estupro de Vulnerável contra sua criança de 2 anos de idade. Não é difícil supor, supor, que a alegação de sua defesa deve ter sido que a criança não fala ainda e “logo” “é mentira da mãe por vingança”, “por ressentimento de ter sido trocada por outra”, falas prontas ditadas pelo Instituto de Direito de Família, que acredita que toda mulher é vingativa. Essas pessoas que detêm o Poder nas Varas de Família e induzem os Juízes ao erro, seguem à risca o guru e inventor do termo alienação parental, Gardner, chegam a interpretar a mitologia grega para uma justificação, sem justificativa, que mães alienadoras são mães devoradoras, Medeias que devoram seus filhos por vingança. Assim, até mesmo as provas materiais são desqualificadas. Afirmam absurdos como a explicação de fissuras anais causadas pela própria criança, esquecendo-se que a criança não teve ainda o alongamento dos membros superiores, os braços, para alcançar o ânus, e que essa não é uma zona erógena nessa fase do desenvolvimento. Mas, nada disso importa. É uma alienadora. Mas, e as responsabilizações pelas arbitrariedades cometidas e as induções a resultado de violência continuada, patrocinadas por um Serial Estuprador? Os abusadores intrafamiliares são estupradores continuados. Não houve um abuso. As práticas são em série, nenhum abuso é ato isolado. Cada vez que uma criança descreve um abuso, isso quer dizer que só agora ela conseguiu falar do que vem acontecendo há médio e longo prazo. É um crime múltiplo, repetido. Quando voltamos a falar de Estupro de Vulnerável contra criança é porque o Professor de Direito, Serial Estuprador de alunas usava a hierarquia como arma para submeter suas vítimas/alunas à violência sexual que tanto lhe era buscada. É igual ao genitor, o lugar de hierarquia garante a submissão. O Marquês de Sade sentiria inveja. Nesse ponto retorno também à minha tese sobre o Prazer pelo Poder Absoluto, encenado, e apenas encenado, no campo sexual. Encontrei no texto do Antônio Trevisan, publicado na Revista Cult de Setembro 2025, a fundamentação do tesão pela crueldade. Transcrevo: “Longe de reconstituirmos a trajetória psicanalítica da crueldade, vamos nos concentrar em uma de suas faces menos exploradas – e talvez ainda pouco reconhecidas: a da crueldade em sua forma não sexual. Uma dimensão que não se confunde com a pulsão de morte e que remete à esquecida pulsão de apoderamento, verdadeiro ponto cego da teoria e da clínica”. A crueldade proporciona um prazer específico, não sexual. E, sendo repetida, ela não tem conexão com o sistema de culpa, não passa pelo crivo de avaliação e de pontuações. Todos temos vestígios de crueldade que ficam no nível de um desabafo, de um desejo motivado pela crueldade praticada por um outro. Mas que logo desperta o corolário de valores Éticos e Morais, e murcha por ali mesmo. No entanto, há indivíduos que elegem uma área para destilar sua crueldade, mantendo a pose de “bons moços”. Assim acontece com os Estupradores de Vulneráveis. Mesmo que sejam delicados em suas práticas, que primem por não deixar marcas visíveis, a crueldade é o propósito. Precisamos assumir a responsabilidade profissional incluindo o uso da hierarquia como arma para imobilizar a vítima de estupro. Ressaltando ainda que também é crueldade fazer uso do conhecimento teórico ou do título profissional na distorção e na banalização de crimes, numa hierarquia cruel de indução ao erro. Usar a autoridade do conhecimento. Pela distorção, é um ato de crueldade. Promove o mesmo tipo de Prazer do Poder que os atos libidinosos que são ocultos. Negar a gravidade da crueldade de uma “lambida” numa criança de 2 ou 3 anos, é minimizar e acobertar um estupro de vulnerável. Psicopatas são 5% da população. Não acredito nesse índice, quantos são ocultos? Quantos não chegam aos registros nem policiais e menos ainda judiciais. E, ainda mais, gozam de grande prestígio nos grupos sociais que circulam, incluindo a família extensa, porque são tidos como “ilibados”. Essa é uma exímia habilidade do psicopata. Dissimular com maestria. A Justiça é presa fácil para um “bom psicopata”. Os Juízes imaginam que foram ungidos, que têm o dom divino para fazer a leitura da bondade e da idoneidade pelos olhos do criminoso. “Eu olhei bem nos olhinhos dele e vi que é pessoa ilibada”, escreveu o Juiz em sua sentença de 70 páginas. Precisou de muitas linhas para sustentar a defesa do criminoso. Pretender-se um leitor de olhos como se fosse uma leitura de código de barras, é um perigo para toda a sociedade.
As Aparências Enganam, um Serial Estuprador. Parte II E o Serial Estuprador teve medidas restritivas e tornozeleira. Mas, ainda bem, que a Delegada encarregada do inquérito, entendeu que ele precisava ser preso. Ela pensou nas vítimas que não iam denunciá-lo enquanto ele estivesse livre. Essa é a situação mais comum: a vítima fica acuada, intimidada, recebendo ameaças do predador e muitas vezes, das Instituições que levam títulos de “protetoras”, só título. O professor de Direito de Família está preso. E agora que as denúncias não param de chegar à Delegacia, as Instituições que o abrigavam, garantindo legitimidade, prestígio, autoridade técnica, tentam se desvencilhar do fato de o terem em alto em seus quadros. É incrível. Mas insistem em dizer que não tinham nada a ver com as suas práticas macabras e bárbaras. Trabalharam juntos por mais de uma década, eram compadres e comadres sociais também, mas apressam-se em dizer que “as mães”, estigma das pessoas que ousam denunciar os estupros de vulneráveis intrafamiliares, portanto, incestuosos, ousam “tentar macular” a reputação ilibada de criminosos sexuais. Mas, seguem dobrando a aposta de que as mães são loucas, afirmando que as Instituições às quais pertencem, continuam “ilibadas”, se esquivando de se pronunciar claramente contra as práticas criminosas que se avizinhavam, e estavam no “deep solo” em que todos pisavam. O Serial Estuprador seguiu altivo, investido de sua postura arrogante, sem algemas, para a prisão temporária, para que outras vítimas possam se encorajar para ir até a Delegacia. Tenho certeza que algumas delas, mesmo com sua prisão e depois com sua condenação, não farão a denúncia do estupro brutal sofrido. A dor de uma mandíbula deslocada ou fraturada, de inúmeros hematomas, de um corte na região vaginal que precisou ser suturado e permanecer em hospitalização, não permite que se experimente a segurança de ir relatar para a Polícia e, tomara, para a Justiça. O professor se mostrou muito poderoso, absoluto, para todas as suas vítimas. E excedia esse gozo de Poder ao dopar as alunas e outras moças, para ter um pedaço de carne que não reagia a nada. Nunca saberemos sobre suas ferramentas, seus instrumentos de tortura, os concretos. Só imaginamos por esse simulacro de Necrofilia o primitivismo e a barbárie de sua mente que planejava e executava sequencialmente esse ritual ultra perverso. Assistir um vídeo do colunista Paulo Germano que, brilhantemente, falou sobre o que chamou de “vitrine de caça”, montada por professores para “pegar” alunas. E, precisamente, entre outras coisas que apontam para sua lucidez Ética, chama atenção para o uso da hierarquia por criminosos sexuais. As vítimas do referido professor tinham essa assimetria com a figura de autoridade, a autoridade de conhecimento e a autoridade da retaliação nas notas do curso. Já vimos isso há algum tempo atrás com um tal João, líder religioso, outra hierarquia muito usada por predadores, dos pequenos aos severos. Aquele João foi denunciado por anos a fio por uma filha a quem abusava, e que nada era considerado de suas queixas. Foi necessário que uma mulher estrangeira fizesse uma denúncia de fora para dentro e uma instituição séria de defesa de mulheres vítimas de violência, se dedicasse na insistência das muitas denúncias que não atravessavam a blindagem do predador. Com a Maria da Penha também foi necessário que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenasse o Brasil pela omissão na proteção daquela mulher que entre outros atentados intrafamiliares, tomou um tiro que a levou para a cadeira de rodas para sempre. E, dentro da condenação ao país, havia a exigência de uma Lei de Proteção de Combate à violência contra as Mulheres brasileiras. Foi assim que construímos a Lei Maria da Penha. No entanto, temos consciência que a existência de uma Lei, por melhor que ela seja, como no caso, não é suficiente para que homens violentos e inescrupulosos, precisamos demolir essa cultura do estupro como prazer masculino. Os índices de Feminicídio crescem em progressão geométrica, apesar da Lei. Quantas mulheres são assassinadas com a Medida Protetiva de Urgência nas mãos. E quantas são espancadas até a morte depois que um juiz revoga sua Medida Protetiva, sob o argumento de que o indivíduo violento já “melhorou”. Deveria haver cobrança de Responsabilização para os agentes que cometem erros tão grosseiros, ou os que induzem aos erros grosseiros com laudos psicológicos vendidos. Os homens podem ser bons e não deixam de ser homens, não perdem, ao contrário, ganham masculinidade. E as mulheres/mães não são loucas quando buscam proteção para um filho ou filha, obedecendo ao Art. 13 do ECA. A denúncia de suspeita ou confirmação de crime contra a criança, é obrigatória. O uso da hierarquia numa pretensa conquista amorosa, a torna uma trapaça, como falou o colunista, uma arma violenta. Não precisa de muitos neurônios para localizar o prazer maior do professor de Direito de Família. Como venho refletindo, apesar dos estupros, o que inclui todos os comportamentos lascivos, inclusive sexo oral numa criança, há uma profissional que minimiza essa prática afirmando que não é nada, se efetivarem no campo sexual, o Prazer buscado pelo estuprador é o do Poder. É com a sensação gloriosa e recheada de onipotência, que inclui enganar a todos com uma postura “ilibada”, que leva ao Gozo Supremo. Essa sensação de ser superior aos pobres mortais, ludibriados debaixo do nariz, é o saldo do estupro. Para o predador, o regozijo total. No caso do Professor de Direito de Família, função de liderança e de formação de profissionais, advogado renomado, fica a suspeita de que, talvez, houvesse um “clubinho de estupradores”. Afinal levar cenas dessa magnitude para seus pares, seria mais uma condecoração, entre tantas que já recebia. Ele já defendia abertamente, uma tese, que pais violentos e abusadores deveriam permanecer em “convivência normal” com seus filhos vítimas. Ao que era, é, seguido pelos seus correligionários em credo desse tipo de Direito de Família. Em causa própria? Em causas próprias? Uma Seita de desqualificação da mulher e das crianças. Tudo sob os auspícios da justiça e de defensores do Direito de Família? Quando teremos Responsabilizações?
As Aparências Enganam, um Serial Estuprador. Parte I Eles são vários. Estão por toda parte. Desafiam nossa capacidade de avaliação do caráter do outro. E nos ganham com facilidade nesse desafio. Este, em pauta, era um professor de Direito de Universidade Pública, professor e coordenador de Instituição de Ensino do Ministério Público, na graduação e no mestrado. Ocupava o cargo mais alto de um Instituto Nacional de Defesa de Direitos no seu Estado, tinha retórica feminista, mas desde que a mulher que defendia como pessoa que tem que ter autonomia de seus desejos, não tivesse a ousadia de denunciar um homem por violência doméstica ou abuso sexual intrafamiliar. Esse referido advogado, tido como autoridade jurídica pela sua produção autoral assinando livros, 18, e artigos sobre Direito de Família, e pela legitimação contínua realizada pelo Tribunal de Justiça de seu Estado a esse serial estuprador, permitiu que ele executasse seu ocultismo predador, por, pelo menos 12 anos. A primeira denúncia de estupro foi anônima, a Polícia se debruçou, e logo eram 4, depois 6 vítimas. Elas não se conheciam, muitas alunas do professor famoso e reverenciado, mas contavam as violências sexuais de maneira muito parecida. A notícia vazou, os vazamentos são providenciais porque o “segredo de justiça”, longe de preservar a vítima, protege, especialmente, o agressor, que sabe bem quem vitimou, e segue oculto nos trilhos da indulgência judicial. As mulheres são todas loucas, rancorosas, e portadoras de um buquê de diagnósticos, mesmo que incompatíveis entre si. Portanto, o segredo de justiça beneficia o predador, e torna a vítima mais vulnerável, porquanto instiga o ódio do predador. E não há nenhuma garantia de proteção por MPU, Medida Protetiva de Urgência, porque não são respeitadas. Quantos Feminicídios são cometidos na vigência de MPU! Com o vazamento o número de vítimas dobrou. E não para de crescer. Somam 12 vítimas agora, enquanto estou escrevendo. Quando este artigo chegar no público, tenho certeza que já terão aparecido mais mulheres/meninas que, dopadas, foram estupradas com uma violência estúpida. No Poder de um corpo inerte, um pedaço de carne que não consegue nem dizer que não é não, o moço de rosto angelical se travestia em criatura sub-animal, para depois dos crimes se reformatar em “humano”, rearrumando em sua dissimulação professor. Usava a hierarquia misturada à enorme sedução para obter o domínio absoluto do seu abate. Necessário se faz nesse ponto, trazer o forte indício de uma tendência a práticas de necrofilia. Enorme a proximidade. Ao dopar fortemente a menina/mulher o predador passava a manipular uma espécie de pré cadáver. Uma experiência sexual violenta necrófila, que, ao final do efeito dos medicamentos administrados, ainda lhe rendia a sensação prazerosa e poderosa de ressuscitação daquele corpo saído da morte. As marcas, hematomas, lacerações, impressões de esganamento, estão impressas por todo o corpo, mas o medo, o pavor, a intimidação, paralisam e paralisaram essas vítimas. Para elas, restou o silêncio, o quadro de estresse pós traumático, os sintomas decorrentes das fobias instaladas pelos traumas, a falência social e afetiva permanente, e, certamente, algumas delas nunca, nunca, vão se pronunciar. Essa caixa preta ficará trancada para sempre. O predador em série mantinha um ritual macabro repetitivo, que faria inveja até ao Marquês de Sade. Com intenso poder de sedução e de persuasão, expert em dissimulação, de fala mansa, delicada, mas retilínea na entonação, ele estava exposto aos pares, e ao entorno social. Curioso que ninguém nunca tenha percebido nem mesmo essa característica, a fala monocórdica. Onde fica a emoção? O hipercontrole assumia sempre sua comunicação. De retórica, enganosamente, feminista, defende a autonomia de desejo da mulher, mas radical defensor da lei de alienação parental que promove a Privação Materna Judicial, retirando a criança do convívio com a mãe e a entregando ao genitor abusador ou violento, esse advogado defendia a manutenção do convívio e da guarda compartilhada quando os genitores forem, comprovadamente, agressores, apoiando-se apenas em ausência de conhecimento do que prejudica uma criança. A negação da Ciência está traduzida em uma frase sua: “a Ciência é um diálogo”. Então, é negociada? Mas, não vamos falar de pontos que poderiam ter sido considerados para compreensão dessa criatura que vivia com um clone, diametralmente, oposto. Sabemos que esses tipos são meticulosamente cuidadosos em não deixar vestígios. Os abusadores de crianças são assim. Os crimes sexuais contra vulneráveis são crimes quase perfeitos. No entanto, me chamou a atenção a fala de uma menina/mulher que disse ter falado, ter pedido ajuda várias, várias, vezes, e não foi escutada. E completou que pediu ajuda para essas pessoas que estão protegendo o serial estuprador agora. Já o estavam protegendo. A cumplicidade entre poderosos anula qualquer esboço de valores humanos. Cabe aqui um questionamento sobre a excelente Lei Maria da Penha que contempla 5 formas de violência contra a mudar. Uma delas, a violência psicológica. Mas como sonhar com uma legislação sobre essa violência que causa danos severos, dá lastro à tortura psicológica, quando diante desse caso, por exemplo, vamos ver essas 12 meninas/mulheres serem descredibilizadas, serem taxadas como loucas, e mais um monte de diagnósticos psiquiátricos sem fundamentação de avaliação por profissional gabaritado, pois esses diagnósticos são dados por pessoas sem formação competente? Será que a palavra dessas vítimas, e das outras que ainda virão, será considerada? Enquanto as vítimas são, frequentemente, desacreditadas, lembremos da Mariana Ferrer, da escritora Helena Lahis, e tantas outras, um juiz escreve: “olhei bem nos olhinhos dele e vi que era uma pessoa ilibada, a psicóloga da criança deve ser cassada pelo seu Conselho porque acreditou no menino. Não houve abuso sexual”. Como?