quarta-feira, 26 de junho de 2024

E a Criança, quem olha por ela? Parte V

E a Criança, quem olha por ela? Parte V Recebi um vídeo de uma efusiva comemoração de aprovação na CCJ, Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, 3 Medidas Legislativas que orbitam o terreno da Violência contra Crianças e Adolescentes, quais sejam: a castração química, o aumento do prazo prescricional, e o confisco dos bens de quem explora sexualmente os pequenos. Os violadores de Criança e Adolescente passariam a estar sob o “martelo” pesado da justiça. Mas, que violadores, abusadores, estupradores e pedófilos condenados pela justiça? Onde estão? Ninguém é condenado por quebra da interdição do incesto. Ninguém. Todos esses casos denunciados pela mãe, por professora, por pais de colegas da escola, por psicólogas honestas, todos, são convertidos em alienação parental e a mãe é que resta condenada a perder seu Direito de exercer a Maternidade. Se, há alguns anos, uma técnica tida como de “notório saber” afirmou que 80% das denúncias era falsa, 80%, hoje temos mais de 90% afirmado pelo judiciário, completados pelas escandalosas afirmações de “inconclusivo” nos laudos psicológicos, atropelando provas incontestáveis. Evidentemente, que a materialidade das provas não pode ser apontada. Afinal, todos sabemos, ou deveríamos saber, que aquele que pratica atos lascivos com Criança e Adolescente, é muito dissimulado e não deixa rastro. Portanto, reduzir a 2 categorias a materialidade das provas, rompimento de hímen, (meninos não têm hímen e são igualmente violados), e presença de sêmen, é desconsiderar a complexidade da questão. É difícil sim, buscar os indícios, mas não é impossível. Senão vejamos: sexo oral deixa marca material? Masturbação, é possível constatar in loco? Beijo na boca, dá para provar no IML? Etc., etc., etc., com toda sorte de maldades. E, sempre que essa “falta de materialidade” se desenha por mãos periciais falhas no compromisso com o Código de Ética, e com a Honestidade que deveria ter sido incluída na educação doméstica, um canhão se posiciona em mira da Mulher/Mãe. Afirma-se, então, que é alienação parental, em clássico Sofisma, induzindo o foco para preconceitos misóginos. Urge que o depoimento da Criança seja considerado como prova testemunhal. Em lugar disso, foi inventada mais uma falácia, a “falsa memória”, sem comprovação científica, que reina como dogma. Se a Criança relata, com detalhes que não podem constar de seu acervo cognitivo, é o malabarismo intelectual que afirma que esse relato, acompanhado de emoção, desenhado em papel, encenado com brinquedos, foi implantado pela mãe alienadora. Como todas essas mães, 80%, 90%, configurou um chip e implantou na mente da Criança, ninguém explica, contrariando o senso comum que constata que a instrução para tomar banho todos os dias, por exemplo, não é assimilada. Retomando a comemoração das Medidas Legislativas votadas, o aumento do prazo prescricional talvez seja a única que caminha a favor da vítima de violência sexual. Os 20 anos a partir dos episódios a que foi submetido, ou submetida, pode proporcionar um tempo de maturação e avaliação dos estragos que ela carrega. Lembrando que foram as Crianças que, prejudicadas pelos laudos do inventor da alienação parental, Gardner, buscaram a Polícia ao completarem 18 anos. E, consequentemente, escutadas sem a prévia acusação de alienação atribuída à Mãe, o que aconteceu em suas infâncias, provocaram uma investigação do FBI sobre a Pedofilia do tal médico. Pedófilo que defendia a Pedofilia, e protegia Pedófilos. Quando avistou esse inquérito chegando próximo dele, se matou de maneira grotesca. Esse é o guru que fundou o termo alienação parental, e que é seguido à risca em suas instruções maquiavélicas. O confisco de bens do explorador sexual de Crianças e Adolescentes seria interessante se fosse realizável. Conhecemos as Crianças barqueiras da Região Amazônica, conhecemos as Crianças e Adolescentes dos postos de gasolina das estradas e das orlas das praias brasileiras. Conhecemos as meninas, muito novinhas, em bailes promovidos ou prestigiados por traficantes e milicianos. Por um prato de comida, ou por R$5,00 essas Crianças e esses Adolescentes se vendem. Mas há um adulto que gerencia esse “ganho financeiro”. No entanto, não conhecemos os trabalhadores sexuais explorados dentro das suas casas. Cada vez mais surgem vídeos pornográficos de bebês de 2, de 5, de 8 meses que são vendidos na internet. São os pequenos novos escravos sexuais, é uma nova forma de trabalho infantil escravo. Essa Medida Legislativa não vai alcançar esses bebês dentro de suas famílias, explorados por um parente muito próximo. Os grupos de pais pedófilos estão na internet, nem tão camuflados, trocando até receitas de como ser mais expert nessa atividade. E a castração química? Como se enganar e tentar enganar a todos com um método, inteiramente, furado. Quem falou que o pedófilo tem excesso de hormônios sexuais? Onde está comprovado que introduzindo hormônios inibidores você conserta a atração sexual pela Criança? Apesar de se passar no campo da sexualidade, esse comportamento não é regido pela sexualidade. Ele é um comportamento que busca, incessantemente o prazer do Poder. O campo sexual, o estupro em todas as suas formas, é, por excelência, o lugar de maior esmagamento do outro. Precisamos entender que o estuprador, (toda conduta que visa subjugar um vulnerável através da expressão da maior posse do outro), não busca nem tem um gozo sexual, ele tem um gozo de Poder. Assim, não há como comemorar uma Medida para introduzir hormônios, pois de nada adianta. Restam os dedos das mãos e dos pés, o pênis, o nariz, a língua, as orelhas, o lobo frontal, tudo serve para praticar lascívia. E como não podemos acompanhar os hormônios com a amputação de todas essas partes que garantem essa sensação de onipotência ao predador de Criança, então não temos o que comemorar. É mais um engodo pseudocientífico. E, ainda, como não existe mais abuso sexual, estupro de vulnerável no Brasil, só existe mãe alienadora, tudo é alienação parental, a quem serviriam Medidas destinadas a estupradores? É um mistério termos uma Criança violada sexualmente a cada 10 minutos. Onde estão? Para onde vão? Milhares são entregues por ordem judicial àqueles a quem elas apontaram como sendo seus abusadores. Exatamente como Gardner inaugurou. E a Criança, quem olha por ela?

Nenhum comentário:

Postar um comentário